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Operação Aquiles. Associação criminosa, tráfico de estupefacientes e corrupção. Acusação.

13 abr 2017

O Ministério Público, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), deduziu acusação contra 29 arguidos pela prática, designadamente, dos crime de tráfico de estupefacientes,  associação criminosa e corrupção ativa e passiva.

Dois dos arguidos são funcionários da Polícia Judiciária (PJ) - um Coordenador de Investigação Criminal na situação de reforma e um Inspetor-Chefe ainda no ativo -e um terceiro arguido pertence à Guarda Nacional Republicana (GNR).

De acordo com a acusação, alguns dos arguidos integravam grupos organizados, de âmbito transnacional, que se dedicavam ao narcotráfico.

As referidas associações criminosas teriam o apoio dos já referidos funcionários da PJ.  Esse apoio traduzir-se-ia no fornecimento ilegítimo de informações acerca de investigações em curso relativas a crimes de tráfico de estupefacientes, mediante o pagamento de contrapartidas em dinheiro. Um destes elementos da PJ contaria ainda, no âmbito desta atividade, com o auxílio de um militar da GNR.

No decurso da investigação foram  apreendidos mais de 900 quilos de cocaína e mais de 30 quilos de haxixe, bem como diversas viaturas e outros valores, designadamente dinheiro, no montante de várias dezenas de milhares de euros.

Nove dos arguidos estão sujeitos a medidas de coação privativas de liberdade. Um encontra-se em prisão preventiva e os restantes oito, entre os quais se incluem os dois funcionários da PJ e o elemento da GNR,  estão sujeitos à obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica.

Sete das pessoas agora acusadas não foram ainda interrogadas, por se encontrarem em fuga, tendo sido emitidos mandados de detenção, com vista à apresentação das mesmas a interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação.

Neste inquérito, o Ministério Público foi coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ.

 

NUIPC 93/13.0JELSB

Data da acusação 13.04.2017