Tráfico internacional de cocaína. Diligências

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Ao abrigo do art.º 86º n. 13, alínea b) do Código de Processo Penal, informa-se:

No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), decorreram, esta terça-feira, 55 buscas domiciliárias e não domiciliárias. Foram ainda detidas por ordem do Ministério Público cinco pessoas.

Em causa estão factos suscetíveis de integrar crimes de tráfico de estupefacientes internacional, associação criminosa e branqueamento de capitais.

No inquérito investiga-se uma estrutura criminosa internacional que se dedica, pelo menos desde 2019, ao tráfico de cocaína.

Existem indícios de que a organização, com ramificações importantes em diversas estruturas do nosso país, designadamente em portos marítimos de Setúbal e de Leixões, no Aeroporto Humberto Delgado e no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), é liderada por aquele que é considerado um dos maiores traficantes de cocaína do mundo, um indivíduo de nacionalidade brasileira que se encontra preso na Hungria.

Resulta fortemente indiciado que os membros da organização importavam fruta e outros bens alimentares e não alimentares, usando contentores ou malas de viagem para transportar a cocaína dissimulada entre o Brasil e Portugal.

Estima-se que desde 2019, terão conseguido introduzir em Portugal pelo menos 1600 quilos de cocaína.

 À ordem deste inquérito, encontram-se em prisão preventiva três arguidos.

Estão, ainda, apreendidos bens de valor muito elevado, designadamente automóveis, ouro, diamantes, saldos bancários, bens imóveis e outros móveis.

 A investigação está a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária.

 O inquérito encontra-se em segredo de justiça.