Simp

Está aqui

Adesão e apoio a organização terrorista. Recrutamento para organização terrorista. Financiamento do terrorismo. Acusação

17 dez 2019
logo_imprensa_preto_e_branco

O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal deduziu acusação contra oito arguidos pela prática dos crimes de adesão e apoio a organização terrorista, recrutamento para organização terrorista e financiamento do terrorismo.

No inquérito investigou-se a atividade de um grupo de cidadãos de nacionalidade portuguesa, convertidos ao islão e que se radicalizaram, vindo a integrar a organização terrorista islâmica autodenominada Estado Islâmico (EI).

O processo foi instaurado em 2013, na sequência de informação das Autoridades Britânicas, na qual se dava conta do envolvimento de cidadãos portugueses no rapto de dois  jornalistas, um britânico, John Cantlie, e outro holandês, Jeroen Oerlemens, ocorrido na Síria em julho de 2012.

Através da investigação sistemática ao longo de seis anos, foi possível descrever e reconstruir, do ponto de vista criminal, mas também histórico e sociológico, a radicalização organizada desse grupo de indivíduos de nacionalidade portuguesa e a sua deslocalização para a Síria, com as suas mulheres e filhos, a fim de integrarem as fileiras do Estado Islâmico e cumprirem a Jihad.

Dois dos arguidos acusados foram encontrados e interrogados em Portugal, já durante o corrente ano de 2019, estando um deles na situação de prisão preventiva.

Os restantes, cujo interrogatório não foi possível de realizar, encontram-se em paradeiro incerto, havendo apenas a informação que um deles se encontra preso na Síria.

O Ministério Público delegou a competência para a investigação na PJ-UNCT.

NUIPC: 5/13.1JBLSB