No âmbito de um inquérito dirigido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) realizaram-se, hoje, oito buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo em diversas sociedades e em escritório de advocacia.
Nestas diligências, que decorreram nas zonas de Lisboa e do Algarve, participaram um juiz de Instrução Criminal, um magistrado do Ministério Público, dezassete inspetores e nove especialistas de informática da Autoridade Tributária e Aduaneira e vinte militares da Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana.
No processo investigam-se indícios de vendas não declaradas, cujo valor seria desviado para empresas offshore e depois retornaria sob a aparência de negócios legítimos, como empréstimos ou aumentos de capital. O montante em causa ascende a cerca de quatro milhões de euros.
Os factos em investigação reportam-se aos anos de 2016 e de 2017 e são suscetíveis de consubstanciar os crimes de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais.
No decurso das diligências foram constituídos quatro arguidos, tendo sido ainda apreendida vasta documentação e outros elementos de prova, acervo que será, agora, objeto de análise.
A investigação prossegue com vista ao apuramento integral da matéria indiciada.
Neste inquérito, o Ministério Público é coadjuvado pela Autoridade Tributária e Aduaneira – Direção de Serviços de Investigação da Fraude e de Ações Especiais (DSIFAE), contando também com a colaboração da Unidade de Ação Fiscal da Guarda Nacional Republicana.