Na sequência das detenções efetuadas no âmbito da operação da passada quinta-feira, o Ministério Público apresentou cinco arguidos a primeiro interrogatório judicial.
Terminados os interrogatórios, o juiz do Tribunal Central de Instrução criminal decidiu aplicar:
- A um enfermeiro que, na prática, exercia funções de gestão, efetuava tratamentos e fazia-se passar por médico, a medida de coação de obrigação de permanência na habitação.
- A dois médicos que passavam receituário falso, as medidas de coação de suspensão de funções, prestação de caução no valor de 10 mil euros.
- A uma enfermeira que geria, de facto, a sociedade e fazia tratamentos, as medidas de coação de suspensão de funções, prestação de caução no valor de 10 mil euros.
- A uma médica que funcionava como testa de ferro dos coarguidos enfermeiros e tinha outra atividade profissional, as medidas de coação de prestação de acusação no valor de 5 mil euros.
Não estando sujeitos a uma medida de coação privativa da liberdade, estes quatro últimos arguidos estão ainda todos proibidos de se ausentarem para o estrangeiro e de contactarem entre si e com clientes.
As diligências permitiram a apreensão de um vasto acervo documental, na sua grande maioria com relevância fiscal e médica, bem como de cerca de 10 mil euros.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.