O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) deduziu acusação contra 21 arguidos (18 pessoas singulares e três pessoas coletivas) pela prática dos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa para o tráfico, detenção de arma proibida e branqueamento de capitais
Segundo a acusação, os arguidos integravam uma associação criminosa para o tráfico de estupefacientes, com ramificações nos Portos de Setúbal, Sines e Leixões e no aeroporto de Lisboa. O produto estupefaciente, transportado em contentores marítimos ou aviões com destino a Portugal, era adquirido no Brasil e na Colômbia, tendo o grupo ligações estreitas com as organizações criminosas Comando Vermelho, no Brasil e Cartel de Medellin, na Colômbia. De resto, os arguidos utilizavam, nas suas comunicações, sistemas encriptados tipicamente usados pelas maiores organizações criminosas mundiais ligadas ao tráfico de estupefacientes e ao crime violento.
No decurso da investigação foram apreendidos, entre outros objetos, veículos automóveis, produtos estupefacientes, telemóveis, armas de fogo e quantias monetárias.
Sete dos arguidos estão em prisão preventiva, um arguido está sujeito à obrigação de permanência na habitação com pulseira eletrónica, um sujeito à medida de coação de apresentações periódicas, outro à medida de proibição de contactos, apresentações periódicas e proibição de se ausentar para o estrangeiro, estando os restantes com termo de identidade e residência.
O Ministério Público foi coadjuvado na Investigação pela Unidade Central de Combate ao Tráfico de estupefacientes da Polícia Judiciária.
A investigação contou ainda com a colaboração da EUROJUST.
NUIPC: 267/21.0JELSB